Novo Feliz Ano

Novo, como a primeira folha do caderno recém comprado no qual a criança arrisca escrever a palavra que lhe passa pela mente, assim transparece o ano. Mas ele fica velho a partir do momento que se repetem os erros - nas folhas e nos dias que seguem -, portanto é necessário que seja o recomeço dos recomeços, seja sóbrio, límpido, corajoso. Bastaria seguir em frente, estourar a champanha e tudo certo, outro que se inicia como tantos que acresceram maturidade à sua vida; mas não o faça. Diferencie as coisas, exercite a extraordinária capacidade de rever seus conceitos, suas atitudes, quem sabe desculpar-se, ou melhor, arrepender-se, seja menos áspero, aniquile esses preconceitos sutis, faça com qualidade, não precisa ser perfeito, apenas seja o melhor que puder ser. Foi-se a época de se martirizar com as problemáticas herdadas da família, ou com os filhos rebeldes. Esqueça, eduque-os, recicle-se. Leia e usufrua dos poderes que as manifestações artísticas oferecem, escute música, exercite o...