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Mostrando postagens de julho, 2008

Vendedor de Abacaxi

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Eu sei que você pode dar um jeito, Fazer com que seu erro seja acerto Mas não encara nada Se esconde por detrás da armadura Empunha a lança e ataca.. Não, guerreiro manco! Vai de peito aberto, sem ter certeza alguma Vá por ir, ainda que não resolva Ainda que não solva o que desejas! Aconselha o Olho mágico: Deixe escancarada essa porta! Qualquer um deve poder conhecer-te Sobe, Desce.. Esquenta a água pro chimarrão, Faz companhia pra visita.. E como vai sua filha? Sorria um pouco, Seu coração é um poço de paz! Vem pertinho de mim Sana minha carência Não se ate a displicência de ter um lado de amor compromissado.. Mas saiba, Amanhã eu fujo! E que seja você capaz de me trazer de volta.. Só há no espaço de tempo Entre minha vida, e minha próxima vida Uma breve corrida pelo infinito Pra sair da felicidade, e cair num cesto de vime onde continuarei feliz.. Não sei quem sou, Não sei com quem sou E se soubesse: matéria inútil! Digo que Raul ensinou pela metade Ao cancionar o “medo da chuva”,...

(ele sabia voar)

Eu, olhos fechados... Sentia-o do meu lado, observava-o até, sem nem haver o impecílio de minhas pálpebras baixadas, lembro, ele usava um casaco marrom claro e seus cabelos os poucos que restavam, eram, esbranquiçados, completamente deixava pender à sua esquerda o cachimbo esfumaçando, Enquanto sua mão direita de pele escurecida repousava sobre o cabelo do neto quase desconhecido e num poderoso e dócil tom rouco do homem que muito viveu, dizia: “bom menino...” Mas logo ia embora sem sair do meu lado e ficava seu nome como confortante e constante pronuncia da minha mente. “Eis o único homem que fez a branca parafina que pinga da vela inflamada não chegar ao chão.” ‘™

Tudo permanece na matéria Inacabada

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(Parece tese Filosófica) Nada falece em mim, crio apenas um hábito de sensação, tudo se torna por fim um ato comum. Nada falece em mim, nem as folhas que caíram ontem no meu jardim, nem os frutos que neste fim de tarde foram saboreados, ou mesmo o aviãozinho de papel que eu arremessei pro amanhã.. Eu nada suponho a respeito das tuas duvidas e minhas certezas, todas minhas verdades foram guardadas aos “olhos de quem quiser ouvir”, tão exatas quanto foram expressas aqui. Avançadas horas, compromissadas pessoas, não há ninguém para eu falar, e poucos me poupariam da lembrança dos “consensos sociais”, dos joguetes relacionais. Queria conversar com uma banda de fantasmas, com o som de um rock balada americano, queria dormir de cueca sem acordar com dor de garganta.. E amanhã é dia de shinsokan, o texto que hoje nasce logo será dispersão de dizeres, não pode haver espaço para segundos tristonhos em rostos sorridentes, amanhã vou descobrir novamente as dimensões do mundo fenomênico e aos...

Portas Abertas - UFRGS

Dia dezessete vamos pra Porto? Sim, o Alegre! Ou nem tanto assim, O nostálgico talvez, Porto das Lembranças que aportam em seus imensos navios acinzentados.. Lá vou decidir o futuro (não muito característico) Descer do muro pegar o prumo de homem determinado, Ver um cadáver Aprender a falar Construir pontes, interessante Brincar com o elétrico Engenheiro, Choque! Vamos enfim saber, o que pensa o ser Pensa ser ou um ser que pensa? Mas por hora sugiro que jogue na mega-sena Ou senão me acompanhe num vinho branco Em um silêncio espontâneo.. E quem sabe façamos algumas estéticas literárias Menos depressivas Que as depreciadas estudadas Vamos ensinar o grito no grito.. Grita! Mas a garganta dói tanto, o “bom dia” vai ter de ser um sorriso, um aceno.. mas te levo em casa pequeno Pedro sim eu vi! ele tem uma televisão de plasma.. cola dez por dez lavável e não tóxica o que cresce como P.A., o que sobe como P.G.? pense besteira não pense demais, pense de novo pensa, pensa, pensa! O “x” é três,...