Elisa fica me observando à noite no meu quarto, tem olhos de perplexidade, cabelo curto e levemente despenteado, sobrancelhas finas e os lábios semi-serrados, ela usa uma blusa curiosa, “tomara que caia” vermelha com bolinhas brancas. Contudo, chega a ser inconveniente a forma como ela policia meus atos, mas eu já me acostumei, agora até sinto agradável sua presença, aquela franja que às vezes pende sobre os olhos atrapalhando o encarar-me. Falta uma coisa, gafe imensa do parceiro, seu busto exige um colar, de pérolas preferencialmente, complementaria maravilhosamente a figura feminina, entretanto ela permanecerá assim, suponho, por algum tempo ainda, corações acometidos em ter a gafe maior de escolher plebeus.
Pouco sei de sua vida, ela apresenta uma silhueta atônita, reflexo, talvez, da face magra, igualmente nunca me dirigiu a palavra, nada, nem mesmo um breve “olá”. Confesso que não a compreendo, por mais que isso me agradaria, ela se resguarda de uma forma inexprimível, af...