(ENTRADA EXCLUSIVA DE PACIENTES)
E stávamos sentados, um ao lado do outro, tia e sobrinho, nos bancos que suportam o desconforto do peso da espera por notícias de pacientes do Hospital de Clínicas. Era um daqueles dias em Porto Alegre de calor extremo que o relógio zela pela lentidão dos minutos. A todo instante saiam enfermeiros da sala de porta amarela, logo à frente, tremendamente climatizada, chamando por parentes de um ou outro indivíduo que sofrera intervenção, isso aumentava a angústia.
E ainda os Hospitais têm um cheiro característico de repugno imediato, mas que logo se torna habitual, a propósito, tempo não faltara para que me habituasse ao ambiente. Meu pai chegara às nove e trinta da manhã, às dezessete entrara na sala para o procedimento: colocação de um stent a fim de melhorar o fluxo e conseqüente desempenho cardíaco, já que suas safenas estavam ocluídas. Saíra somente às vinte e uma horas para voltar aos aposentos hospitalares, 767 A , enfim tudo acon...