Clave de dó

E screvia como se tocasse nas teclas de um piano. Sorria como nunca, e como sempre, confirmando o sucesso de seus planos. Pode isso, seus planos errados dão certo - ao inverso – correto? As palavras são acordes, faz sinfonias, canções de amor, horror e pudor violado. Feito louco toca seu piano de letras nas noites em que não há sexo, drogas ou edições recentes de revistas pornôs. Calem essa maldita boca de merda! Esbraveja. Soca a parede e morde os lábios reprimindo dor e raiva. Retorce a garganta pigarreando, cospe na sola do seu sapato pardo e calcula meticulosamente a trajetória para acertar os malditos gatos que teimam em gemer no seu pátio sob a janela de seu quarto amarelo xixi. Senta na cama e leva as mãos à cabeça. Deixou mais um texto pelo meio pra cortar o cabelo. Disse: corte desordenado pra que assim seja o ajeitado. Bagunça na cabeça. Precisa de um abraço. Será que foi enganado por um amor de eternidade? Passado. Tira a roupa sem pressa, peça por peça, sol a pino e sente ...