Macega
Vou conjurar contra tuas dores E te conjugar na minha pessoa Tu és a que caçoa, a que zomba E tomba de risos do meu cortejo. Ainda assim, Permita-me concluir a teu respeito Na medida em que, sem despeito, Abrires teus receios. Vem donzela anil, diz-me teus desejos, Oferta-me o seio do teu afeto puro. Há sim desespero em sentir Mas deixe, o tempero haverá de vir Na tua pele, Na minha reza, No teu credo, Feito aposta cega Que acalenta desengano. Ah! daninha em terra semeada, Nos panos amassados Tive os sonhos perturbados E eras complacência crua. Perfurei outros espaços, Consolei-me nos abraços E até pensei em outros braços Que não valeriam o dispêndio. Nos planos sussurrados Tive os prazeres aguçados E eras de outra Lua.