Então acertei metade
O elevador não iria
saturar minhas gorduras, então alguns lances de escada e logo que
chego em casa vou ao sofá, nem tão cansado, meio vadio e um tanto
revolto do dia. Tiro os óculos, repouso-os sobre o braço do sofá
marrom de dois lugares, o qual pode abrigar até quatro bundas,
providencio de conectar o mundo a mim e tomar consciência das notícias
que o dia conseguiu esconder. O tempo passa rápido, por isso nunca
sei se vai dar tempo pra fazer tudo, só que hoje, hoje resolvi que
eu queria ficar inútil, queria fazer nada, coçar minhas bolas,
esquecer de tudo e só lembrar amanhã quando o despertador tocar –
claro, isso se eu lembrar de ligar o despertador.
Estar em qualquer lugar
é escolha, liberdade é a maior valia, acho errado esse negócio de
não poder escolher onde e como se quer levar a própria vida, porque
a própria vida trata de fazer as escolhas se você não tomá-las
pra si. Gosto desse negócio de imergir em situações malucas de
pessoas desconhecidas todo dia. Ainda não descobri se estar longe do
conhecido e perto do inusitado vale as penas que me custam, mas de
qualquer modo e na ausência de criado mudo, penduro na cadeira meu
blazer marfim.
Posso dizer com a
transparência de uma pensamento vivo, o indivíduo precisa assumir a
consequência de seus atos, agir e retroagir até estar convicto de
si. É preciso saber que muito já é sabido, por isso há o estudo,
para não ser necessário descobrir o que já se sabe. Nós
precisamos parar de querer sentir na pele, ver para crer, isso custa
tempo e hoje eu só tenho tempo pra nada. Evolua daqui para frente.
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