negro tempo de prata


Merreca o tempo usado em prazer
e toda eternidade de trabalho forçado.
Tem gente que já nasce escravo
e vive com o lombo açoitado.
Sou raça que faz a terra tremer,
que rasga o campo e faz o fogo nascer.
Hoje é o contemporâneo,
e não há quem não se sinta esmagado,
submetido e mandado.
Sinhô e trabalhador são
homens sorridentes sem cor nem sabor
resguardando um tanto de cobiça
e a grande ira de não ter o tudo
que muito valha.
Se escondem nos automóveis,
investem, convencem,
gritam convictos,
andam pelos andares,
mas sempre buscarão
um tal refúgio Palmares.

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